sexta-feira, fevereiro 16, 2007

As essências...


descobrem-se no simples...
"Fogo"

Em dia de folia...


Enterremos o Entrudo...
"Fogo"

Carnavais



...a esfusiante alegria de excessos do Rio versus a expressiva tonalidade dos olhos de Veneza.

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"Terra"

Já cheira a

"Terra"

Olha ki coisa mais linda (parte II)

...mais cheia dgi graça. Versão canadiana.

"Terra"

Olha ki coisa mais linda

...mais cheia dgi graça

"Terra"

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

A lua


olha a lua partida ao meio
de tao baixinha que esta
quase leva as copas das arvores
e o cabelo dos homens altoa.
se eu fosse muito guloso
comia esta lua em forma de queijo.
olha a nuvem, a nuvem branca
quer tapar o nosso queijo
nuvem gorda e sem vergonha
invejosa da luz da lua.
tu ja viu que esta noite nao tem vento?
olha a lua partida ao meio
se eu pudesse sentava nela
e ficava espiando a terra
e me via olhando ela!
Maria João e Mário Laginha
"Fogo"

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Páginas de um livro escrito a lápis

A areia húmida rapidamente transforma o azul dos meus jeans num azul mais carregado. Sou tentado a encostar-me para trás...é o que faço. Mãos atrás da nuca e cotovelos suficientemente distantes dos ouvidos. Tenho de ouvir as ondas na areia. O seu barulho, quero eu dizer. O barulho do choque. O ressoar constante do fervilhar gélido do oceano convida a um exercício retrospectivo. Como sempre.
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O facto é que estava disponível, quis conhecer-te, quis - num exercício de uma certa raridade - tocar-te. Abanar-te. Mostrar-te o mundo que habita em mim, muito mais do que o mundo em que habito, se bem que este último também não nos seja, propriamente, comum. O livro está aberto e a história vai correndo, ao sabor de parágrafos mais ou menos metaforizados, ao ritmo que a distância do desejo vai impondo...em cada dia...em cada momento...em cada partilha. A noção de que existe um mundo, um outro mundo para além do vivido na realidade...uma outra realidade...que respira o sonho e vive da ilusão. Um mundo à espera de tempo e de espaço. O tempo e o espaço.
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Levanto-me e amarro os joelhos com os braços. Ao longe, um barco à vela dança um furioso tango com o vento. Eu nem que soubesse podia fazê-lo. Faltas-me tu. Pego no livro - aberto - e preparo-o para receber mais umas linhas de alma, de sangue e de vida, como dizia o poema de Florbela Espanca. Abro as páginas com cuidado e aprecio-lhes a textura que me arrepia - que te arrepia - buscando o lápis que verterá o sumo do meu amor. Sempre gostei de poder reescrever a minha história. Por isso o lápis. Procuro-o nos bolsos vazios e choro pela sua falta. Ou será pela tua? Deixei-to na mão, lembro-me bem. Acolheste-o e guardaste-o...numa caixinha de música que costumavas guardar na primeira gaveta da mesinha de cabeceira ou, em noites de vendaval, mesmo por debaixo da almofada a que te abraçavas. Prometeste cravá-lo nas páginas da história que fossemos construindo. Prometeste ajudar-me a construí-la.
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Faltas-me agora...
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"Terra"

Ó Mãe, Ó Mãe, foram eles que começaram!..


Alguém duvida?

"Terra"

Mr. Charisma



"Terra"

Em busca do saber

"Nós temos em nós, como um bloco de mármore para o escultor, uma infinidade de modos de ser. E vamo-los sendo na aprendizagem da vida e nos mil acidentes desse aprender. Mas sobretudo nas mil ideias que os outros semeiam em nós para irmos sabendo coisas e ter o gosto desse saber. Porque gostamos de saber sem jamais nos perguntarmos a razão desse gostar. É um gosto que se justifica por si próprio, que está aí como as pedras. Mas porque há-de saber-se a morte, que, aliás, nunca se aprende? E a angústia e a inquietação e os chamados problemas de consciência que, aliás, variam conforme as circunstâncias? Porque é que o saber é bom? Temos orgulho em sabermos, mas ninguém nos ensina a razão desse orgulho, a não ser pelo orgulho, mesmo que o resultado seja a doer. Ser homem, enfrentar o risco, ter mão no que nos rodeia e assim. O ignorante, se soubesse o seu não-saber, podia dar também as suas razões, como as dá o que assume a sua ignorância. Mas o mais difícil de aprender é a morte, que é o que devia ser mais fácil por no-la ensinar o quotidiano. E não apenas pelo seu impossível, mas pelo maior desmentido que ela nos inflige à importância do saber. Mas é para se ser importante que a gente sabe. E na morte não se tem já importância nenhuma. Sabê-la para quê?"

Virgílio Ferreira in Pensar

"Terra"

Palavras

Há Palavras Que Nos Beijam


Há palavras que nos beijam

Como se tivessem boca.

Palavras de amor, de esperança,

De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas

Quando a noite perde o rosto;

Palavras que se recusam

Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas

Entre palavras sem cor,

Esperadas inesperadas

Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama

Letra a letra revelado

No mármore distraído

No papel abandonado)

Palavras que nos transportam

Aonde a noite é mais forte,

Ao silêncio dos amantes

Abraçados contra a morte.


Alexandre O'Neill & Mário Pacheco
"Fogo"

Mariza - Live at Mondomix - 2003 -

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Perguntas obviamente tendenciosas

Será que pelo facto de ir sozinha estrada fora, sem companhia nem movimento, a Senhora se enganou no destino?
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Será que a razão é uma questão quantitativa decidida, num forum, através de um método mais ou menos democrático?
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Será que é pelo facto de maioritariamente a rapaziada, aqui a meu lado, defender que se vê um carro na fotografia contra a minha posição solitária...que o carro, de facto, aparece?
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"Terra"

Cada vez mais

...a forma é conteúdo.

Resta-nos felicitar o jornal "Público" pela sua nova roupagem e desejar que o conteúdo do matutino se vá aproximando - cada vez mais - da forma com que o mesmo se apresenta...muito bem.

"Terra"