sábado, dezembro 30, 2006

As coisas vulgares

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo saudade
http://www.anos60.com/portugal/mariza/chuva.htm


Mariza-Chuva

"Fogo"

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Tem piada

...há pessoas que entendem, sozinhas, ser capazes de levar o mundo às costas, as tristezas nas mãos em forma de concha e a dor escondida num bolso.
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"Terra"

Woody Allen III...(the end)

"Não que eu esteja com medo de morrer. Só não queria estar lá quando isso acontecesse".
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"Terra"

Woody Allen II

"Eu e minha mulher ficamos na dúvida entre tirar férias ou nos divociarmos. Optamos pela segunda hipótese. Duas semanas no Caribe podem ser divertidas, mas um divórcio dura para sempre".
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"Terra"

Woody Allen I

"Certo dia, atrasei-me ao voltar da escola e meus pais pensaram que eu havia sido raptado. E aí entraram imediatamente em acção: alugaram meu quarto."
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"Terra"

A maior dificuldade

...sermos confrontados, a cada passo, com análises diferentes da nossa sobre a mesma situação...e colocarmo-nos no lugar do outro, sem paternalismos.
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"Terra"

Viver




"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional"


Carlos Drummond de Andrade


"Fogo"

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Pulp - Common People

uma prendinha de Natal...

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Hoje deu-me "pra" isto

"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente."

Soren Kierkergaard

"Terra"

Solidão

A solidão voluntária é um bem de inestimável valor. Diria mesmo que é o bem de que a maioria de nós sente mais falta. Para reflectirmos, sem o barulho de sirenes de ambulâncias ou de travagens bruscas...ao som de Bach ou, porque não, ouvindo a voz esquizofrénicamente deliciosa de Anthony. Para nos reencontrarmos e redimensionarmos o nosso papel no espaço de tempo que nos foi concedido. Mas acima de tudo para podermos servir de uma forma mais coerente os nossos propósitos. Propósitos esses que só terão realização plena quando recebidos pelo outro, constante receptor da nossa actuação.

Já a solidão indesejada conforma o pior dos castigos. A incapacidade de vermos para além de nós, a impossibilidade de comunicar, seja de que forma for, a realização pela rotina...o vazio. O vazio apreendido como tal. O drama de ser sugado conscientemente para o abismo.
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"Terra"

terça-feira, dezembro 26, 2006

Oficio da Paciência



Também o deserto vem do mar.

Não sei em que navio,

mas foi desses lugares

que chegaram ao meu jardim

as palmeiras.

Com o sol das areias

em cada folha,

na coroa o sopro

ainda húmido das estrelas.


Eugénio de Andrade, Ofício de paciência (1994)

Será que você tem a paciência de que necessito?..

"Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça"

Eugénio de Andrade

"Terra"

Festas....



"Fogo"