Às dez semanas o genoma humano está definitivamente constituído, podendo ser conhecido e identificado. Quer isto dizer que às dez semanas - ou mesmo antes - existe um ser que, para além de vivo, possui um código genético que o diferencia(rá) de todos os outros seres da nossa espécie. O conhecimento desta evidência não faz dele um ser único, insubstituível do ponto de vista científico e incomparável do ponto de vista ético, a partir daquela data. Isso já ele era desde a sua concepção Este facto, apenas, confirma a existência de um ser humano, simultaneamente, um outro e um nosso igual.
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"Terra"
3 comentários:
Ainda que aceitando a sua explicação e o seu argumento. Faço a seguinte pergunta:
Valerá menos a vida de um feto mal formado, que levará à existência de um ser humano deficiente, do que a vida de um feto bem formado? Vale, num caso o aborto, no outro não?
Qual a diferença de moral, de valores, de princípios, entre o aborto praticado por uma mulher que foi violada, daquele praticado por uma mulher que por um azar da vida engravida, mas sabe, em consciência, que não será capaz de dar o carinho e a vida digna de qualquer ser humano, e que por isso opta por não sujeitar uma nova vida a uma vida sem qualidade?
Vale o aborto no primeiro caso, mas não no segundo? Vale a vida do primeiro (porque fruto de um crime) menos que a outra (fruto de um outro azar da vida)?
Apenas uma nota final:
Para que não restem dúvidas, ambos são casos em que a Lei Penal portuguesa, permitide à mulher abortar por sua livre iniciativa.
Penso que se ler com atenção e abertura de espírito, poderá encontrar a resposta num post anterior, intitulado "Corrida sem meta à vista". Particularmente na última frase do penúltimo parágrafo.
A minha resposta, claro.
Obrigado pelo se comentário.
"Terra"
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