terça-feira, novembro 14, 2006



Le fabuleux destin d Amélie Poulain

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Que noite fria.... não me deixaste dormir solidão! Entrecotada com o coaxar do lago, a insonia tomou conta da noite! A musica que me fez companhia relembrou Inês Pedrosa "Trago-te no riso enterrado, nas lágrimas que me lançaste, escadas de incêndio para a sabedoria da felicidade, na pele escaldada pelo brilho da noite, depois do mar."

Queria-te sem os obstàculos que me imponho, os purismos que me agilizam a moral no noante dos principios.

Arremessei-me para a varanda virada ao Parque, enroscada na manta do sofá de chavena de chá na mão... em enlevos cadenciados de Nina Simone e olhei para as estrelas.

De olhos fechados, deixei o frio da noite encarcerar a angustia do não saber. Recordei-me no jardim de casa aos 4 anos, pequena e agarrada à boneca de trapos (que arrastava para todo o lado).... fugitiva da hora de deitar, ginasta em trepar a janelas, deitada na relva a ver estas mesmas estrelas... porque estavam tão longe? O que se vê de lá de cima? Será que conseguem ver o futuro? Tomam chá com os deuses? Determinam as marés? São filhas da Lua? Porque fogem quando vem o Sol? Porque não me acompanham quando posso brincar com estes pequenos pontos de luz na manta remendada que é o céu? Porque são apanágio dos adultos?

O sol rompeu uma aurora enternecida pelo nevoeiro... olá. bom dia.

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