sexta-feira, junho 01, 2007

...quase

Prometi a mim mesmo. É hoje. Hoje regresso a esta casa, à escrita, obrigo-me a olhar para mim...a parar, a deixar de fingir.
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As esquinas do destino pregam-nos partidas, oferecem-nos surpresas e, cruéis, não deixam de aproveitar o momento em que, com uma força superior, nos demonstram a nossa falibilidade. Levo a vida como um batel que enfrenta a onda...uma e outra e outra, ainda...ao fim do dia estou mais forte, embora esse acréscimo de força esteja cativo do cansaço.
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É esta a injustiça.
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Não sei se me faço compreender. Também de pouco importa. A inteligibilidade das palavras que expulso, em batidas ritmadas, é veneno puro para a almas sensíveis.
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Hoje usava bem aquela espreguiçadeira que me deste para as minhas leituras de verão. Poisava-a num qualquer deserto andino e deixava-me secar. Como um cigarro que não fumo, um whiskey que não bebo ou como um livro cuja mensagem não decifro.
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...como as memórias que desisti de viver.
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"Terra"

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