quinta-feira, março 22, 2007

O tempo dos avós

Já não os tenho. Nunca os tive todos. Não cheguei a a conhecer o meu avô paterno. Sendo diferentes, na memória que tenho de todos eles há um fio condutor comum...o seu tempo, a utilização que faziam do seu tempo.
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Tempo de generosidade, de entrega de um legado, de tolerância, de desprendimento, de sabedoria...enfim, um tempo que no seu tempo não é nunca devidamente valorizado.
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O tempo dos avós é o tempo de um amor desinteressado e profundo...de felicidade na dádiva. Soubesse eu o que sei hoje...
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"Terra"

2 comentários:

MBSilva disse...

O seu texto provocou em mim um misto de emoções... Fez-me sorrir ao lembrar-me dos meus avós (só não conheci a minha avó paterna)... mas, ao mesmo tempo, "murchar" pela saudade que sinto deles!
Por pior que possa soar, mais de uns do que outros, mas a convivência (maior com uns do que com outros) contribui para essa diferença). O meu avô paterno morreu era eu muito nova, mas tenho recordações dele deliciosas!

E, princialmente, lembro-me com carinho dos fins de tarde em que chegava a casa da minha avó e dizia: Vim para lanchar! Saborear o teu café "passado" - de saco -, o melhor do mundo!!!!
A minha avó (LINDA!) sorria e eu via que ficava feliz por me ter lá... Muitas tardes passei com ela e não me arrependo!
Às vezes até sinto que soube-me a pouco!
Estive junto dela até ao fim...

Há momentos em que me faz tanta falta!!!
Lá está, soubesse eu o que sei hoje... Como o entendo!

Anónimo disse...

Obrigado por ter aparecido e partilhado a sua...saudade.

Volte sempre.

"Terra"