terça-feira, março 27, 2007

Eu fumador me confesso

Bem sei que não é politicamente correcto. Paciência! Fumar é muito bom. E, para além do facto de ser bom, é...é óptimo, é isso. Desde logo é uma excelente companhia; quantos de nós, na espera de alguém que teima em não aparecer, afoga a sua ânsia numas belas passas. Não sem antes, claro está, passar o dito objecto cilindrico por entre as mãos como que tentando, suavemente, esticá-lo. Depois é a explosão do isqueiro e a aproximação dos corpos consuma o acto. A primeira passa já é consequência do gozo do ritual inicial.

Desenganem-se, porém, aqueles que pensam que o cigarro consola, apenas, almas solitárias. Que não. O cigarro acompanha muito bem um final digestivo de uma refeição opípara. Que bem sabe a boca húmida de um velho malt diluída numa nuvem de um mítico SG Ventil. Sim nuvem...afinal estamos muito perto do céu...da boca e do outro, que isto é um prazer divinal.

Devo confessar que nunca gostei de fumar no quarto ou em ambientes fechados. Claro está que às vezes, por mera obrigação social - note-se - bem tinha que ser. Tinha porque deixei de fumar há cerca de um ano e meio. Deixei de fumar, que não de ser fumador. Declaro solenemente que fui, sou e serei sempre um fumador. E ai de quem me contrariar! Digamos que sou um fumador não praticante...com muita pena minha, registe-se.

"Terra"

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