segunda-feira, novembro 27, 2006

Horror




Do que foi nos dado a conhecer - e seguramente que não foi muito - todo o processo "Litvinenko" está ensobrado por contornos tenebrosos e sinistros, que nos fazem colocar realidade e ficção no mesmo plano. Da literatura de terror à cinematografia, todos nos conseguiremos lembrar, por certo, de um ou outro episódio ou capítulo em que um dos personagens é vítima de um qualquer estratagema com vista à sua eliminação. Temos - tínhamos - sempre, no entanto, a possibilidade e o conforto de saber que acabado o filme ou fechado o livro, a realidade que nos espera é diferente da ficção escolhida. Neste caso, as duas últimas palavras - ...ficção escolhida... - são a chave da minha angústia. Estamos perante a mais dura realidade e perante uma realidade que não só não foi a escolhida - a não ser pelos autores do crime - como não é, seguramente, a desejada pela maioria de nós. Não é possível deixar passar em claro, por outro lado, o facto de nos ter sido oferecido pelas televisões - em "prime time", como já vem sendo hábito - o "prato" de vermos alguém morrer. Assistimos à morte do espião em causa num "directo" televisivo. E mais, temos a noção de que ele próprio assistia, diariamente, à sua própria morte...até ao fim.

...a globalização também tem disto.

"Terra"

Mário Cesariny 1923-2006

"Faz-me o favor

Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor -- muito melhor! --
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê."
.
"Terra"

A marca de uma geração

Simplesmente imperdível!

"Terra"

Hoje...no Coliseu do Porto

"Terra"

Mais Facil de Entender.....