sábado, maio 05, 2007

Saberes




"Nao queiras saber tudo. Deixa um espaço livre para te saberes a ti"


Vergílio Ferreira


"Fogo"

sexta-feira, maio 04, 2007

Os putos

São como bandos de pardais à solta...

"Terra"

A forma e o conteúdo

...é mais importante o modo como cruza do que os centimetros quadrados de perna que mostra...embora seja mais importante o que lê do que o modo como pega no livro.
.
"Terra"

Anti-climax

...só porque é uma fotografia fantástica que transmite frio, desconforto, preguiça...só porque transmite...

"Terra"

New York

Smoggy and creepy...

"Terra"

Liberdade

"...Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não."

Sophia de Mello Breyner Andresen, "Porque"

"Terra"

Tempos difíceis

Hoje, em Lisboa, até as pombas parecem abutres.

"Terra"

Surpresa


Dizem que com o avançar da idade, a capacidade de nos surpreendermos diminui drasticamente. O tempo, dizem, dá-nos aquela falsa presunção de tudo sabermos, de tudo já termos visto e, mais, dá-nos aquele travo, tantas vezes amargo, de que o futuro de bom nada nos trará.


"Antigamente é que era", ou "eu ainda sou do tempo em que", seguido de qualquer revelação absolutamente fantástica e inigualável ou, ainda, "dantes não havia nada disto, é certo, mas a qualidade de vida era muito superior à de hoje".


Resumindo, não só perdemos a capacidade de sermos surpreendidos - por coisas positivas, note-se, que para coisa negativas estamos sempre prontos - como temos uma visão nostálgica e quase idílica do que passou, por contraponto às tempestades que se avizinham.


Tudo isto se pode resumir em duas expressões: memória selectiva e acomodação. Só nos lembramos das coisas boas e só quando dá jeito para as confrontarmos com coisas piores que nos estão mais próximas; por outro lado desistimos de procurar, abandonamos a curiosidade e entregamos a vida ao ram-ram da rotina, quais cadáveres adiados.


É o resultado do avançar da idade, dizem.


Pois permito-me discordar. Não sei se é por ter uma péssima memória ou se por ter um conceito de acomodação que é tido por desconfortável para a "maioria". Acomodo-me numa boa refrega, num debate, num conflito, num braço-de-ferro, numa guerra ou...nos tumultos de uma paixão. Aí moldo-me e moldo a minha personalidade.


Constantemente.


E surpreendo-me, tanto! Tanto e todos os dias. É, talvez seja da fraca memória, mas...a cor do mar parece-me diferente todos os dias e as ondas de todas as formas e feitios cada vez menos inteligíveis...e as flores...cada pétala tem uma margarida diferente e cada Margarida tem sempre, acho que o posso dizer, um cantinho sagrado de surpresa. Mesmo as ruas, com as suas esquinas imóveis, podem surprender-nos por um olhar diferente ou com a ajuda de um raio de luz amigo.


E as mulheres, meu Deus...as mulheres...recuso-me a desistir; embora o devesse fazer, dizem-me, nomeadamente a minha consciência. Sim, as mulheres são a mais bela e infinita surpresa que existe à face da terra e...do sonho. Sim, porque o sonho é, também, feito de surpresa.


Não desisto de me surpreender, de me querer surpreender e acomodo-me na sedução, em dar e (re)tomar o jogo...em olhar...em olhar-te nos olhos e sentir-te a pele rendendo-me às armadilhas da tua inteligência....


...como a abelha se rende ao pólen da Margarida que a seduz com o movimento das suas pétalas.


"Terra"

De pequenino se torce o pepino...

...ou um título politicamente incorrecto para uma fotografia, mais uma, de Henri Cartier Bresson...once and again.

"Terra"

Contra-a-corrente...

Heri Cartier Bresson, ainda e sempre...

"Terra"

Se eu pudesse escolher

...seria esta a casa para onde te traria. A obra-prima de Lloyd Wright.
.
"Terra"

quarta-feira, maio 02, 2007

Retiro

Às vezes fujo, em alucinantes viagens virtuais, para onde a vertigem causada pelo desejo se desvanece perante o confortável sabor da solidão.

"Terra"

terça-feira, maio 01, 2007