quinta-feira, abril 05, 2007

Questão sem a mínima importância

Ricos e pobres, pretos, brancos e amarelos, homens e mulheres, judeus, católicos e muçulmanos e por aí fora, todos temos um nome, ou melhor, todos temos nomes. Para além do nome próprio, temos apelidos.
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Diria que o apelido, juntamente com a carga genética é algo que nos acompanha toda a vida e que, desejavelmente, nos deve orgulhar. Deverá ser o nosso património mais restrito e inacessível. Podemos não ser ricos, não ter grandes atributos intelectuais ou, mesmo, físicos, mas devemos ter um nome que nos encha de orgulho. Pela história, respeito e amor àqueles que nos antecederam mas, também, pelo exemplo que devemos ser para com aqueles que se nos seguem.
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Só quem não tem respeito pela história do seu nome - e/ou não se preocupa em criá-la de forma a que, um dia, aqueles que se lhe seguem dela se possam orgulhar - é que o esconde ou dele se esquece.
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Tudo isto para dizer o quê? Nada de especial; apenas que o nosso PM para além de ter problemas com o "canudo" parece ter problemas com o seu próprio nome, ou melhor, com o seu apelido.
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O José Manuel era, acima de tudo, Durão Barroso. A Maria de Lurdes era, sobretudo, Pintassilgo. O Aníbal é, para todos os efeitos, Cavaco Silva. O Mário será, sempre, Soares. Até o Álvaro não o é caso não seja Cunhal. E o Portas? Ou melhor o Paulo? Mas que Paulo? O Portas.
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Só José Sócrates parece ter vontade em esconder o lastro familiar. Não é (Eng.) Pinto de Sousa, como o são Durão Barroso ou Soares, Pintassilgo ou Gonçalves, Aznar ou Chirac, Blair ou Bush, Reagan ou Clinton, Andreotti ou Prodi, Berlusconi ou Fini, Gonzalez ou Suarez, Mubarak ou Mandela, etc, etc, etc.
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...mas, claro está, isto não passa de uma questão sem a mínima importância.
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"Terra"

Da colecção José Sócrates VII

Dr. Paulo

"Terra"

Da Colecção José Sócrates VI

Prof. Aníbal

"Terra"

Da colecção José Sócrates V

Dr. Mário

"Terra"

Da colecção José Sócrates IV

Mr. George e Dr. José Manuel

"Terra"

Da colecção José Sócrates III

Dr. Álvaro

"Terra"

Da colecção José Sócrates II

Mr. William Jefferson

"Terra"

Da colecção José Sócrates

Eng.º António

"Terra"

Diálogos...

Campónio de Castelo Branco fazendo, simultaneamente, um vénia e retirando o boné:
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- Há quanto tempo, Senhor...
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José Socrates:
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- ...Engenheiro Civil, Hmmm, Engenheiro, hmmm, Senhor, hmmm, José Sócrates, hmm Primeiro Ministro. Ainda...
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"Terra"

Inquietações




Estou bem aonde eu nao estou

Porque eu só quero ir

Aonde eu nao vou

Porque eu só estou bem

Aonde eu nao estou

Porque eu só quero ir

Aonde eu nao vou


Porque eu só estou bem

Aonde nao estou
..............
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar
.............
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão


António Variações


"Fogo"

terça-feira, abril 03, 2007

Grito de Alma

"...Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P’ra não chegar tarde

Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar..."

António Variações
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"Terra"

Reflexão

...olhando o infinito, ombros caídos em descanso...analisando...ou, apenas, fumando um vagaroso cigarro e bebendo um vinho cheio de alma. Sempre ajuda a empurrar o ponteiro do relógio, num qualquer final de tarde.
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"Terra"

Henri Cartier-Bresson

Em direcção à explosão, ao conflito, à luta, à vitória, à liberdade, ao sonho...à paz
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...será assim o ciclo de uma vida ideal?..
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"Terra"

Realidade

"...Mudámos muita vez de calendário
Como o café mudou de freguesia
Deixámos de tributo a quem lá pára
Um louco a fazer-lhe companhia

É sempre a mesma pose o mesmo olhar
De quem não mede os dias que vagueiam
Sentado lá continua a cravar
Beijinhos às meninas que passeiam.

São os loucos de Lisboa
Que nos fazem duvidar
A Terra gira ao contrário
E os rios nascem no mar..."

Ala dos Namorados
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"Terra"

Pessoa...




Eras sobre eras se somem

No tempo que em eras vem.

Ser descontente é ser homem.

Que as forças cegas se domem

Pela visão que a alma tem!


Fernando Pessoa
"Fogo"

segunda-feira, abril 02, 2007

Paisagem III

...a pacificação.

"Terra"

Paisagem II

...pintalgada de cor.

"Terra"

Paisagem

...quente!..

"Terra"

Surrealismo


A herança de Dali.

"Terra"

Perspectiva

...ou a humilde resignação perante a "Luz".

"Terra"

Pessoa, ainda e outra vez...

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa
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"Terra"